Empatia

Afinal, como ter empatia?

Muito se fala hoje sobre empatia, ouvimos no ambiente de trabalho, na televisão, no rádio, até em grupos de amigos. Mas o que de fato significa empatia ou ser empático?
No Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa*, empatia significa:
- Habilidade de imaginar-se no lugar de outra pessoa;
- Compreensão dos sentimentos, desejos, ideias e ações de outrem;
- Qualquer ato de envolvimento emocional em relação a uma pessoa, a um grupo e a uma cultura;
- Capacidade de interpretar padrões não verbais de comunicação;
- Sentimentos que objetos externos provocam em uma pessoa.
Sendo assim, ser empático é ser capaz de perceber o outro, sair do seu foco individual e notar as nuances de quem está a sua frente. Desenvolver essa característica é algo que expande o potencial social, emocional e cognitivo, pois se passa a perceber que o outro tem uma história diferente da sua, o que acarreta em gostos, pensamentos e atitudes diferentes.
Cada pessoa tem uma forma diferente de interpretar a comunicação (verbal ou não verbal) ou até de se sensibilizar com a emoção vivenciada pelo outro, podemos ainda senti-la em diferentes profundidades. Algumas pessoas bastante empáticas, por natureza ou por desenvolvimento, muitas vezes ficam extremamente tocadas pela angustia de um relato ou situação que está sendo experienciada por outra pessoa.
Estudos demostram que o nível empático é desenvolvido e aprendido, e está crescendo desde o nascimento e o início da socialização do bebê com seus pais ou primeiros cuidadores.
Como posso fazer então para potencializar esse desenvolvimento?
- Entre em contato com seus próprio sentimentos! Se auto conhecer, saber seus medos e inseguranças, seus preconceitos e emoções é fundamental para conseguir se colocar no lugar do outro.
- Ouça ativamente! – Você já prestou atenção a seus pensamentos durante uma conversa? Eles estão focados no que está sendo contado ou já estão se preparando para a resposta? Quando estamos mais atentos a nós mesmos em uma conversa do que no outro, não damos espaço a de fato ouvir o que está sendo dito, não notamos as expressões faciais, os sinais do corpo e os sentimentos que estão sendo expressados na voz, ou seja, não conseguimos sentir a carga emocional que o outro está sentindo ou tentando nos contar. Em uma conversa, desconecte-se de você e ouça de verdade o outro.
- Seja curioso! – Existe um mundo de conhecimentos disponíveis além daqueles que você já tem! Cada pessoa, cada experiência, cada conexão com o desconhecido te traz uma nova possibilidade de sentir na pele novas situações que até então poderiam não fazer sentido para você. A curiosidade nos permite ir além do nosso circulo habitual e ter acesso a muitas informações ricas.
- Desafie os seus preconceitos – Nossos preconceitos rotulam pessoas e generalizam informações, quando colocamos pessoas em um rótulo, não conseguimos vê-la em sua individualidade. Muitas vezes, o preconceito nos impede de ver além e conhecer pessoas e situações maravilhosas que podem expandir nossa mente.
- Coloque-se no lugar do outro! – Você já tentou se imaginar vivendo a vida de outra pessoa? Já parou para pensar como é enfrentar as dificuldades de uma vida diferente da sua, de situações que fogem da sua rotina? Quando alguém estiver vivendo uma fase muito difícil, tente se visualizar naquela cena, será que você teria um comportamento ou reação tão diferentes dos dela?
- Esteja aberto a novas experiências! Viva coisas novas, se exponha a novas aventuras! Ter repertório de experiências te ajudará a se colocar no lugar do outro e imaginar seus sentimentos.
Com um olhar mais empático, será possível perceber que apesar de não saber exatamente o que é viver algo, aquela situação pode estar causando dor e angústia e até alegria ao outro, por isso, não invalide o sentimento alheio e esteja aberto a novas formas de ver o mundo!
Quer saber mais? Seguem as dicas:
Livros:
– O poder da empatia: A arte de se colocar no lugar do outro para transformar o mundo
Autor: Roman Krznaric
- Enclausurado – Autor: Ian Mcewan
Filme
- Intocáveis (2011)
Referências: